sexta-feira, dezembro 28, 2007

Couve-flor com castanha de cajú


A inspiração para esta receita fui buscá-la a um dos livros do Jamie Olivier. A couve-flor não é das minhas verduras preferidas, mas nesta altura do ano não existem grandes opções, por isso resolvi experimentar uma receita com um toque de exotismo e que permitisse comer este alimento com um pouco mais de prazer. Como acontece, sempre, fiz algumas alterações na receita original.
Couve-flor com castanha de cajú

Comecei por cozer, ao vapor, uma couve-flor pequena, cortada aos raminhos, não deixando contudo a couve muito cozida. À parte, numa frigideira coloquei 1 colher de chá de sementes de coentros, 1/2 colher de chá de cominhos em grão e um pouco de azeite. Deixei fritar as especiarias até estas começarem a estalar. Nessa altura, juntei meia chávena de castanhas de cajú (usei uma lata de castanhas para aperitivo) grosseiramente picadas e deixei alourar um pouco. Por fim, adicionei a couve-flor, já cozida, e deixei-a também alourar um pouco. Coloquei esta mistura num recipiente e levei ao forno (200ºC) durante 10 minutos. Nota: não juntei sal por ter usado as castanhas para aperitivo que já são bastante salgadas.


quinta-feira, dezembro 27, 2007

A minha primeira nomeação


A All Sogno nomeou-me para um prémio o que pela primeira vez acontece e depois de uma longa ausência destas minhas actividades de ‘blogguistas’. Muito obrigada! Estou surpreendida e encantada! Dando seguimento ao concurso vou também nomear 7 blogs, com base nos seguintes critérios: i) serem escritos em português ou por autores portugueses, ii) visualmente agradáveis, iii) gastronomicamente estimulantes, iv) e, principalmente, por serem espaços onde impera a simpatia e o bom humor.

1) Chucrute com salsichas
2) A Taste in Heaven
3) Cozinha com Tomates
4) Cozinha Turca
5) O avental do gourmet
6) A Tasca da Elvira
7) Cinco quartos de laranja

Transcrevo de seguida as regras que encontrei na All Sogno:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons (entende-se como bom os blogs que costumam visitar regularmente e onde deixam comentários);2. Somente se recebeu o "Diz que até não é um mau blog", deve escrever um post indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog; a tag do prémio; as regras; a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;3. Deve exibir a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele;4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet - pode fazê-lo no post.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Boas Festas


Votos de Boas Festas e de um excelente Ano de 2008.

Espera maridos

Quando hoje abri 'A minha cozinha' e comecei a ler as simpáticas mensagens de Boas Festas que aqui me têm deixado achei que tinha chegado o momento de voltar a dar vida a este espaço, mesmo que fosse com uma receita muito simples, que dá pelo nome de 'Espera maridos'. Recordo-me da minha mãe a fazer com bastante frequência exactamente por ser bastante fácil e permitir ultrapassar aquelas situações em que se torna necessário improvisar rapidamente uma sobremesa. Este Natal, em que o tempo dedicado às preparações culinárias foi escasso, resolvi recuperar a referida receita, inovando apenas um pouco na apresentação. Anteriormente o creme era colocado numa taça grande e depois polvilhado com canela, agora optei por o dispor nuns copos e adicionar mais alguns elementos.


Espera maridos
7 colheres de açúcar bem cheias; 6 ovos; 1 cálice de Vinho do Porto; 1/2 pacote de bolachas Speculas (Lidl); canela em pó.
Separar as gemas das claras e batê-las com o açúcar. Levar ao lume a engrossar, mexendo sempre. Em seguida, juntar o vinho e voltar ao lume para secar mais um pouco. Retirar e deixar arrefecer. À parte, bater 4 claras em castelo que depois se adicionam ao preparado anterior, misturando com cuidado para ficar um creme fofo. Colocar em copos de vidro e por cima dispor uma pequena camada de bolachas Speculas trituradas. Por último aproveitei as 2 claras que sobraram para fazer um merengue, batendo-as em castelo e juntando depois 2 colheres de sopa de açúcar moído. Coloquei no topo da camada de bolacha, em cada copo, uma colher de merengue e levei ao forno (grill) 1/2 minutos. Quando retirei polvilhei com um pouco de canela.

domingo, maio 06, 2007

Docinhos de ovos moles e chila


Estes docinhos, feitos pela minha mãe, tiveram por base uma receita de ovos moles a que depois se adicionou, ainda ao lume, um pouco de doce de chila e canela. Quando se obteve a consistência necessária para tender pequeninos doces retirou-se o creme/pasta do lume e deixou-se arrefecer. Posteriormente, com a ajuda de um pouco de farinha fizeram-se umas bolas que foram fritas em azeite, não muito quente. Os doces foram depois colocados em quadrados de papel vegetal ligeiramente amarrotados.


Sopa fria de pepino, iogurte e hortelã

As sopas frias começam a ser uma boa escolha, para início de uma refeição. Em termos de sabor, há uma certa aproximação desta sopa de pepino ao gaspacho, mas o aspecto e consistência são totalmente diferentes.

Sopa fria de pepino, iogurte e hortelã
4 iogurtes naturais, 1 1/2 pepino, 1 cebola fresca, 1 alho picado, 6 folhas de hortelã, sal, azeite.
Misturei todos os ingredientes e triturei-os com a ajuda da varinha mágica. Fui provando para acertar os temperos, tentando esconder o ácido do iogurte e fazendo sobressair o sabor do pepino a que juntei um ligeiro gosto a hortelã. Coloquei no frigorífico durante 2 horas e no momento de servir deitei a sopa em pequenos copos de vidro.

Tartes de chocolate

As tartes de chocolate são uma adpatação de uma receita, com origem no livro 'Doze Meses de Cozinha', que uma amiga fazia muito frequentemente. Pode ser uma boa opção, quando não se pretende utilizar o forno.

Tartes de Chocolate

Massa de bolacha

250 g de bolacha Maria, triturada na 123; 150 g de manteiga derretida; 1 colher de sopa de cacau amargo, em pó.

Junta-se a manteiga às bolachas trituradas e amassa-se até obter uma mistura homogénea com a qual se forram pequenas tarteiras. No final, colocam-se as mini tarteiras no frigorífico para ficar mais consistente a camada de bolacha.

Recheio

2,5 dl de leite; 30 g de farinha de trigo; 50 g de açúcar; 1 1/2 colher de chá de farinha de maizena; 2 ovos; 30 g de manteiga; 125 g de chocolate em barra; 2 colheres de chá de rum.

Numa tigela mistura-se o o açúcar, as farinhas e os ovos batidos. Adiciona-se o leite morno e mexe-se até obter um preparado homogéneo. Depois, leva-se ao lume brando e continua-se a mexer até levantar fervura. Retira-se do lume e adiciona-se a manteiga e chocolate, previamente derretidos no microondas e batidos, assim como o rum. Deixa-se arrefecer um pouco e de seguida distribuí-se o recheio pelas tarteiras. Em metade das tartes coloquei por cima pimenta rosa triturada e na outra metade morangos fatiados.

Dia da mãe - muitas flores e muitos doces


Não resisti a fotografar estas flores que o meu pai colheu hoje do seu jardim. As rosas, principalmente as amarelas, têm um perfume extraordinário, o que ajudou a criar uma atmosfera propícia aos festejos do Dia da Mãe, onde não faltaram muitas coisas doces, umas feitas por mim outras pela minha própria mãe.

domingo, abril 29, 2007

Carpaccio de bacalhau com pimenta rosa, tomate seco e coentros

Nos últimos quinze dias tenho andado ausente do meu blogue. Para cozinhar necessito de tempo e de disposição caso contrário sou um desastre, de tal forma que esta semana até consegui queimar uma canja. Mas hoje, finalmente consegui ter uma certa disponibilidade 'mental' o que me permitiu ensaiar algumas receitas, as quais já tinha em mente experimentar. Uma delas foi o carpaccio de bacalhau, que resultou bastante mais agradável do que imaginava à partida e é uma receita extremamente fácil de preparar. A outra, foi o pão de queijo que sempre imaginei complicadissimo de fazer e hoje descobri que até se faz com relativa facilidade.

Carpaccio de bacalhau com pimenta rosa, tomate seco e coentros

Cortei em lâminas finas uma posta de bacalhau seco previamente demolhado. Coloquei as referidas lâminas sobre uma cama de alface. À parte, triturei um pouco de pimenta rosa a que juntei um tomate seco picado e um pouco de coentros também picados. Juntei azeite a esta mistura e deitei-a sobre as lâminas de bacalhau.

Livros e revista de cozinha

Hoje, recebi de presente dois livros de cozinha. Um deles, 'Cozinhar sem muita gordura' foi-me oferecido por uns amigos muito preocupados com os meus excessos alimentares e com razão! Mas, para mostrar que já estou no bom caminho fotografei o referido livro juntamente com uma revista espanhola, comprada este fim-de-semana, que apesar do nome até tem receitas muito interessantes e com óptimo aspecto.

Por sua vez, o meu marido que também gosta de me oferecer livros de cozinha, presenteou-me com uma obra intitulada '1000 Sabores da Doçaria Conventual'. Claro está que aqui imperam as gemas de ovos, o açúcar, a amêndoa, e tudo em grandes quantidades, que os prazeres celestiais não se satisfazem com pouca coisa. Pelo menos nos dias de festa!

domingo, abril 15, 2007

Mousse de chocolate

Esta mousse, feita pela minha mãe, está deliciosa! É uma pequena bomba calórica, preparada ao gosto de um dos aniversariantes do mês de Abril.

Mousse de chocolate

6 ovos, 200 g de chocolate amargo (70% de cacau), 1 lata de leite condensado, 1 colher de sopa de manteiga.

Derreter o chocolate, partido aos bocados, em banho-maria juntamente com a manteiga. Adicionar as gemas, uma a uma, batendo sempre até obter um creme homogéneo. Depois de tudo bem ligado adicionar o leite condensado, mexendo sempre. Retirar do lume e deixar arrefecer. Juntar as 6 claras em castelo, envolvendo a mistura com cuidado. Levar ao frigorífico numa taça, enfeitada com metades de nozes.

Abril, mês de aniversários

Abril é um mês em que os aniversários se sucedem, por isso nada melhor do que comemorá-los virtualmente, com um bolo de chocolate excessiva, mas intencionalmente, decorado com morangos e folhas de menta.

Entrada de queijo de cabra, mel e tomilho

Esta receita foi retirada do último número da revista Saveur, que já citei a propósito de um outro prato. O aspecto pode não ser particularmente original, mas o sabor é óptimo. Sempre que tenha ocasião vou repetir!

Entrada de queijo de cabra, mel e tomilho

1 embalagem de massa brick (10 folhas); 1 queijo de cabra (rolo pequeno); mel q.b., tomilho seco q.b., margarina.

Dividir as folhas de brick ao meio, obtendo deste modo duas meias luas. Pincelar bem a massa com a margarina derretida. Depois dobrar cada uma parte paralelamente ao diâmetro, colocando numa das extremidades uma rodela de queijo, por cima deste 1/2 colher de café de mel e polvilhar tudo com o tomilho. Enrolar a massa de modo a obterem-se triângulos, que se colocam num tabuleiro de ir ao forno. Pincelam os pastéis com margarina derretida e polvilham-se com tomilho. Vão ao forno até a massa começar a ficar dourada. Servem-se quentes.

Crepes com recheio de camarão

Embora neste blogue nunca tenha colocado nenhuma receita de crepes esta é uma das minhas soluções preferidas, quando é necessário aproveitar sobras ou mesmo quando as quantidades de ingredientes disponíveis não são as suficientes para outro tipo de preparações.

Crepes com recheio de camarão

Massa: 100 g de farinha, 3 ovos, 50 g de manteiga, 2,5 dl de leite, 1/2 cálice de licor de cacau ou de Vinho do Porto, 1 pitada de sal.

Peneirar a farinha para dentro de uma tigela. fazer uma cova no centro e deitar para dentro os ovos ligeiramente batidos e uma pitada de sal. Misturar bem estes ingredientes. Adicionar 1 dl de leite e mexer bem até obter um creme homogéno, adicionar depois o resto do leite. Deixar descansar durante 20 minutos e, na altura de utilizar, juntar a manteiga derretida, mas já fria, e o licor. Mexer para ligar bem. Numa frigideira com cerca de 15 centímetros de diâmetro deitar um pouco de óleo de milho e levar ao lume a aquecer. Quando estiver bem quente, escorrer o óleo e colocar uma colher de massa na frigideira, inclinando ligeiramente para a massa deslizar e cobrir todo o fundo. Logo que comece a enfolar, vira-se pecando no cabo da frigideira e atirando o crepe ao ar, ou simplesmente com a ajuda de uma faca. Deixar alourar um pouco do outro lado e retirar, colocando os crepes num prata, uns em cima dos outros, à medida que vão ficando prontos. Dependendo da massa e da frigideira poderá não ser necessário voltar a colocar-lhe óleo, mas também pode ser necessário repetir todo o processo de cada vez que se prepara um crepe. Nota: esta receita dá para fazer cerca de 14 crepes.

À parte, fiz um recheio com bechamel a que juntei camarões descascados e coentros picados. Rechei os crepes com este creme. Pouco antes de serem servidos levei-os ao forno para aquecerem.

sábado, abril 07, 2007

Páscoa Feliz

Ontem, a minha mãe estava muito preocupada por eu ainda não ter começado a preparar a Páscoa. Por isso, hoje resolvi meter mãos à obra e fazer um folar que pudesse utilizar como decoração alusiva à época, aproveitando para desejar uma Boa Páscoa aos meus simpáticos e simpáticas leitoras.

Coroa de Páscoa
600 g de farinha (peneirada); 50 g de fermento de padeiro; 100 g de icing-sugar; 200 ml de leite morno (aproximadamente); 2 gemas; 1 pacotinho de açúcar baunilhado; noz moscada ralada q.b.; 125 g de manteiga; 100 g de corintos embebidos em Vinho do Porto.

Começar por dissolver o fermento num pouco de leite morno a que se adiciona depois 2 colheres de sopa de farinha e 2 colheres de sopa de icing-sugar, retiradas ambas da quantidade total. Deixar levedar.
À parte, colocar a farinha peneirada numa tigela, fazendo um buraco ao meio onde se coloca sal refinado (pouco), as gemas, o resto açúcar mais o pacotinho de açúcar baunilhado, a manteiga derretida e a noz moscada ralada. Adicionar o fermento já levedado. Amassar bem, adicionando o leite de forma gradual. Polvilhar de farinha e deixar levedar, tapando a tigela com um pano e envolvendo-a num cobertor. Quando a massa duplicar de volume voltar a amassar e deixar levedar de novo.
Juntar os corintos escorridos, amassar e dividir a massa em três porções a partir das quais se moldam rolos com uma grossura homogénea. Com estes 3 rolos faz-se uma trança, que depois se coloca num tabuleiro untado de margarina, no centro do qual se pôe uma tacinha de pirex também untada. Esta fase de montagem do folar requer alguma perícia, para que a trança fique bonita e bem fechada, sem se notar a ligação. Deixa-se levedar mais uns 20 minutos e depois pincela-se com gema de ovo.
Vai ao forno a 220ºC durante 8 minutos, tempo a partir do qual se baixa a temperatura para 190ºC. Se começar a ficar muito dourado pode ser necessário colocar um papel de alumínio.

quinta-feira, abril 05, 2007

Cavaquinhas da Tia Odette

Hoje, a tia Odette lembrou-se de fazer umas cavaquinhas, seguindo uma receita que lhe foi há mais de 30 anos por uma amiga. Já não tinha bem a certeza das quantidades, mas a pouco e pouco foi-se recordando e no final lá conseguiu obter uma taça cheia de cavaquinhas, que por sinal estão uma delícia.

Cavaquinhas da Tia Odette

Para a massa: 3 ovos, 3 colheres de sopa de azeite, farinha q.b.

Amassa-se tudo muito bem, ajustando-se a quantidade de farinha de forma a obter uma consistência adequada para se tenderem umas argolas muito pequeninas que se fritam em óleo. Deixam-se arrefecer.

À parte, faz-se uma calda com 250 g de açúcar e um pouco de água. Mexe-se bem com umas varas e quando o açúcar começar a ficar esbranquiçado deitam-se as argolinhas dentro, envolvendo-as rapidamente no açúcar com a ajuda de uma colher de pau. Apaga-se o lume e deixam-se secar, retirando-as depois para um recipiente.

domingo, abril 01, 2007

Rolo de peru recheado com ovos mexidos e requeijão

Uma das minhas revistas de cozinha preferidas é a Saveurs, cujo nº 153 acabo de adquirir e onde encontrei inspiração para este rolo preparado com peito de peru.

Rolo de peru recheado com ovos mexidos e requeijão

Cortei um peito de peru de modo a obter uma placa de carne não muito grossa, mas suficiente grande para poder ser enrolada. Preparei uns ovos mexidos (3 ovos), adicionando às gemas e claras batidas uma colher de chá de ervas picadas e um pouco de sal. Sobre a carne coloquei fatias de fiambre e sobre estas ovos mexidos e quadrados de requeijão de Serpa. Enrolei com cuidado, com a ajuda de um fio até obter um cilindro com um diâmetro aproximadamente homogéneo. Salpiquei o rolo com sal e ervas picadas, levando-o depois a alourar ao lume num tabuleiro com um pouco de azeite. Quando formou uma crosta dourada apaguei o lume e retirei-o do tabuleiro.
À parte fiz um refogado com 4 chalotas picadas e azeite a que juntei posteriormente um copo de vinho branco e 3/4 de litro de caldo de carne. Cortei o rolo ao meio e coloquei-o a cozer neste líquido durante 40 minutos. Por fim, retirei-o e deixei-o arrefecer antes de o partir em fatias.
Nota: Como a carne de peru é bastante seca, e o rolo preparado desta forma não leva muita gordura, deve acompanhar-se a carne com um molho.

sábado, março 31, 2007

Trouxinhas de pescada

Estas trouxinhas resultaram do facto de hoje pela manhã ter descongelado duas postas de pescada para cozer, pensando que almoçaria em casa. Como isso não aconteceu, fui obrigada a dar-lhes um outro destino. Comecei por pensar fazer um recheio de peixe, que utilizaria depois para fazer uma espécie de pasteis de massa tenra, a partir de uma rodelas de massa que comprei hoje no Corte Inglês. Porém, como a montagem dos pasteis não estava a decorrer muito bem, resolvi tentar este formato de trouxas, que resultou bastante bem.

Trouxinhas de pescada

Comecei por cozer a pescada. Deixei arrefecer e depois separei a polpa em lascas pequenas. Fiz um refogado com chalotas e azeite a que juntei a pescada quando as primeiras já tinham adquirido uma certa cor. Temperei com queijo ralado e manjericão picado. Aproveitei o recheio ainda estar quente para o colocar no centro das rodelas de massa, as quais tinha deixado à temperatura ambiente durante 2 a 3 horas. Moldei as trouxinhas com cuidado e levei ao forno em tabuleiro untado durante 10 a 15 minutos. Nota: a meio da cozedura coloquei um papel de alumínio por cima para evitar que ficassem com os bordos muitos torrados.

sábado, março 24, 2007

Bolo mármore em tons de verde

Nalguns dos blogues que habitualmente consulto, encontrei umas receitas muito sugestivas de bolos feitos com espinafres. Resolvi aproveitar a ideia e fazer algumas alterações na anterior receita de Bolo Mármore e o resultado foi surpreendente, em termos visuais e gustativos. Mas como ando a reduzir as guloseimas ofereci-o, não sem antes o ter provado. Foi um sucesso!
Bolo mármore verde
2 chávenas almoçadeiras de farinha com fermento; 1/2 chávena de açúcar amarelo; 1/2 chávena de azeite; 4 ovos; 1/2 chávena de leite; 1 colher de chá de essência de baunilha; 2 colheres de sopa de espinafres cozidos e reduzidos a puré; raspa de 1/2 limão.
Comecei por misturar todos os ingredientes com excepção dos espinafres e da raspa de limão. Dividi a massa em duas partes e a uma delas juntei o puré de espinafres e a raspa de limão. Coloquei, alternadamente, camadas das duas massas numa forma rectangular de silicone. Levei ao forno durante cerca de 45 minutos. Nota: a quantidade de leite deve ser ajustada em função da consistência do creme.

sábado, março 17, 2007

Entrada de morangos com queijo fresco

Acho que chegou o momento de começar a ter mais cuidado com aquilo que como, procurando reduzir no açúcar e nas gorduras. Este blogue expõe-me a críticas frequentes de familiares e amigos, que comentam não ser razoável eu preparar tanta comida, nomeadamente doces. Além, de não perceberem também onde é que eu arranjo tempo para realizar este tipo de actividades. Assim, como considero que existe alguma razão neste tipo de críticas mas ao mesmo tempo não gostaria de ser obrigada a encerrar 'A minha cozinha', vou tentar investir mais em receitas inofensivas, como esta que hoje preparei, inspirada num programa de culinária a que assisti na TVE.

Entrada de morangos com queijo fresco

Comecei por cortar os morangos em fatias, alternando-os com fatias finas de queijo fresco, baixo em gordura. À parte, preparei um molho com 2 morangos picados, cebolinho picado, azeite, vinagre de Jerez e um pouco de flor-de-sal. Coloquei depois este molho por cima dos morangos e do queijo.

Bolinhos do momento

O lanche, a meio da tarde, foi desde sempre um dos momentos em que em casa dos meus pais mais se investiu, em termos gustativos. Isto traduziu-se, ao longo dos anos, na presença constante de um bolo, ou de uma tarte ou de uns simples bolinhos, tudo logicamente preparado em casa. O que fez com que uma amiga nossa, ao permanecer uns dias em casa dos meus pais, tenha afirmado que a associava ao aroma de doces acabados de sair do forno. Estes bolinhos, que a minha mãe designou por 'bolinhos do momento', fizeram parte no último domingo do lanche e foram depois distribuídos, acondicionados em caixinhas, por alguns membros privilegiados da família. Que isto de comer doces já necessita de alguma moderação!

Bolinhos do momento

1 cálice de licor de cacau; 2 colheres de chá de canela; 4 ovos; 3 colheres de sopa de mel; 250 g de açúcar; 4 a 5 colheres de sopa de azeite; 6 colheres de sopa de leite; 1 colher de chá de essência de baunilha; farinha com fermento q.b.

Misturam-se bem todos os ingredientes, com excepção da farinha. Esta deverá ser adicionada no final, sendo a sua quantidade determinada pela consistência da massa, que deve ficar suficiente espessa de forma a permitir moldar pequenas bolas, as quais vão ao forno num tabuleiro polvilhado de farinha.

domingo, março 11, 2007

Bolo de farinha de milho com queijo da Ilha de S.Jorge

Uma amiga deu-me umas receitas de bolo de fubá, com origem brasileira, que eu resolvi alterar e cujo resultado final, para o meu paladar, ficou bastante bom, realçando bastante o sabor forte do queijo.

Bolo de farinha de milho com queijo da Ilha de S. Jorge

1 1/2 chávena almoçadeira de farinha de milho (fina); 3 ovos; 1 chávena de queijo de S. Jorge ralado; 1/3 de chávena de açúcar mascavado; 2 colheres de chá de fermento em pó; 2 colheres de sopa de azeite; 2/3 de chávena de leite.

Bater bem todos os ingredientes. Colocar o creme numa forma de silicone e levar ao forno durante 30 minutos.

domingo, março 04, 2007

Bolo mármore de chocolate e açafrão-das-índias

Para mim, cozinhar sem dar asas à imaginação não tem qualquer graça. Embora adore comprar livros e revistas de cozinha, na hora de colocar as mãos na massa não gosto muito de estar presa a receitas, a não ser naqueles pratos que exigem métodos de preparação mais delicados. Gosto de inventar e procurar novas ligações. Na verdade, o pior que pode acontecer, e às vezes acontece, é o produto final não ser de todo comestível! No que se refere a este bolo mármore apenas tenho a lamentar não ter adicionado um pouco de pimenta moída ao creme de chocolate, que penso poder resultar muito bem. Mas, quando me lembrei já era tarde! Ficará para a próxima.
Bolo mármore de chocolate e açafrão-das-índias

Misturei 1 1/2 chávena almoçadeira de farinha com fermento, 1/2 chávena de açúcar, 1/2 chávena de leite, 1/2 chávena de azeite, 4 ovos inteiros e 1 colher de chá de essência de baunilha. Depois de bem batidos estes ingredientes, dividi o creme em duas partes. À primeira adicionei 2 colheres de sopa de cacau amargo e à segunda 2 colheres de chá de açafrão-das-índias. NUma forma de silicone comecei por colocar o creme amarelo e depois o creme castanho. Com uma faca procurei misturar um pouco os dois cremes. Foi ao forno (200ºC) durante cerca de 35 minutos.

Este é um bolo com pouco açúcar, ideal para numa tarde de chuva, como a de hoje em Lisboa, acompanhar com uma boa chávena de chá verde.

Lasanha de salmão, alho-francês e cogumelos

O salmão é um peixe que, na minha opinião, necessita ser bem disfarçado para se tornar mais agradável. Por isso, decidi fazer esta lasanha, misturando o salmão ao alho-francês e aos cogumelos, não esquecendo evidentemente os outros ingredientes que fazem parte deste tipo de pratos.

Lasanha de salmão com alho-francês e cogumelos

Comecei por preparar um molho de tomate e um molho bechamel. Depois, cortei o alho-francês em rodelas muito fininhas, que fritei num pouco de azeite até amolecerem. À parte, cortei o salmão em cubos pequenos com cerca de 1 cm e temperei-os com sal.

Montei a lasanha num prato de ir ao forno, previamente untado com manteiga, colocando alternadamente camadas de massa, molho de tomate, salmão, alho-francês, cogumelos crus laminados de forma grosseira e molho bechamel. Terminei com uma camada do referido molho, que polvilhei abundantemente com queijo parmesão ralado. Levei ao forno durante 25 minutos.

Bolo de chocolate com Rum (microondas)


Depois do sucesso que obtive em Dezembro com um Bolo de Chocolate feito no microondas, resolvi agora experimentar uma outra receita que encontrei na revista Cuisine et Vins de France, nº 114, Feb/Mar. Entre as duas existem pequenas diferenças, não só nas quantidades dos ingredientes como também nos tempos de cozedura.
Bolo de chocolate e rum
150 g de chocolate negro amargo; 3 ovos; 125 g de açúcar em pó; 125 g de manteiga; 50 g de farinha; 2 colheres de sopa de rum; 2 colheres de sopa de noz mosacada ralada.
Cortar o chocolate aos bocadinhos e fazê-lo derreter, conjuntamente com a manteiga, em banho-maria ou no microondas. No final, misturar bem os dois ingredientes para obter um creme homogéneo. À parte, bater bem os ovos com o açúcar, misturando depois a farinha, o rum e o chocolate com a manteiga.
Colocar a mistura numa forma de silicone e levar a cozer no microondas durante 3 minutos a 750 W. Deixar repousar 3 minutos e ligar novamente o microondas outros 3 minutos. Por fim, deixar repousar 10 minutos antes de desenformar. Polvilhar com côco ralado e servir morno ou frio.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Pastelinhos de banana

Continuo a ter como fonte de inspiração o mesmo livro de receitas, Cozinha Indo-Portuguesa. Já comprei este livro há alguns anos, mas só agora começo a aventurar-me em algumas novas experiências ...

Pastelinhos de banana
6 bananas maduras; açúcar até metade do peso das bananas; canela. Massa: 250 g de farinha; 1 colher de chá de manteiga; água q.b.
Comecei por fazer uma calda de açúcar em ponto pérola onde coloquei as bananas partidas aos bocados. Deixei ferver até as bananas ficarem desfeitas, mas mexendo com frequência para evitar que o doce pegasse ao fundo do tacho. Logo que o doce engrossou retirei do lume e deixei arrefecer, juntando um pouco de canela em pó. Amassei a farinha com a manteiga e a água, até obter uma massa homogénea e elástica. Estendi a massa com um rolo de madeira de forma a que esta ficasse bastante fina. Cortei rodelas de massa com a ajuda de um copo e recheei com o doce da banana. Levei ao forno (200ºC) cerca de 5 a 10 minutos. Podem servir-se quentes ou frios.
Nota: é importante fechar bem os pastéis para evitar a saída do doce durante a cozedura, por outro lado o tempo de forno deve ser muito controlado uma vez que com a continuação os pastéis mostraram tendência para abrirem e perderem parte do doce. Por outro lado, também importa referir a necessidade da massa ficar muito fina, caso contrário os pastéis não ficarão agradáveis.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Repolho recheado com camarão

Esta semana continuei a ter como fonte de inspiração o livro de Maria Fernanda N. da Costa e Sousa, intitulado Cozinha Indo-Portuguesa - receitas da bisavó, onde se encontram recolhidas 'receitas tradicionais de cozinhados goeses e de doçaria conventual além de algumas receitas originais e de iguarias de Damão e Diu'. Desta vez resolvi experimentar uma receita de repolho recheado.

Repolho recheado com camarão

1 repolho lombardo grande; o,5 kg de camarão descascado; 3 chalotas; 3 cebolas; 3 tomates; 1 ou 2 malaguetas; azeite; salsa; sal q.b.

Comecei por preparar o recheio de camarão, fazendo para esse efeito um refogado com azeite e chalotas picadas. Deixei apurar antes de adicionar os camarões descascados e, por fim, um pouco de salsa picada. Por último rectifiquei o sal.


Lavei o repolho e cortei uma tampa na base. Com a ajuda de uma faca escavei o interior até obter uma espécie de taça. Coloquei o recheio de camarão neste espaço e voltei a colocar a tampa, ajustando-a com a ajuda de palitos de madeira. Num tacho grande fiz um refogado com azeite e cebola, que deixei alourar. Acrescentei depois os tomates, cortados aos bocados, e já sem pele nem grainhas. Deixei cozinhar até que se formasse um molho de tomate. Coloquei o repolho dentro do tacho e adicionei um pouco de água, sal e as malaguetas. Deixei ferver em lume lento durante 1 hora, até o repolho amolecer.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Espetadas de frango

Estas espetadas foram inspiradas num livro de Petiscos a que já fiz referência neste blogue, e têm, sem sombra de dúvida, influência oriental. Mas, eu introduzi um elemento genuinamente português: os palitos do Lorvão. Segundo a tradição, o fabrico de palitos no Lorvão, vila que dista cerca de 7 km de Penacova, teve a sua origem no mosteiro do mesmo nome. De início eram feitos pelas freiras para decorar os bolos e os doces, depois começaram a ser usados com fins mais práticos. O que caracteriza estes palitos, elaborados manualmente, são as decorações feitas a partir da própria madeira, por vezes com grande pormenor e riqueza de adornos.

Espetadas de frango

Coloquei pedacinhos de peito de frango a marinar numa mistura preparada com alho moído, sal, azeite, vinagre, filamentos de açafrão e um pouco de água quente. Deixei o frango ganhar sabor durante cerca de 2 horas. Depois, fritei os pedacinhos de frango em azeite e quando frios coloquei-os nos espetos. Foram posteriormente ao forno, durante cerca de 5 minutos.
Acompanhei estas espetadas com as saladas de cenoura e batata que referi na entrada anterior.

Outras influências

Hoje resolvi investir um pouco mais de tempo nos acompanhamentos de umas espetadas de frango, a que farei referência na próxima entrada. Preparei umas cenouras de conserva, seguindo uma antiga receita algarvia, que a minha mãe faz com muita frequência, e umas batatas confeccionadas com vários condimentos, cuja receita é uma adaptação do Baji de Batata, referido no livro Cozinha Indo-Portuguesa, de Maria Fernanda N. da Costa e Sousa. Os sabores exóticos destes dois acompanhamentos são um testemunho da influência que a gastronomia de outros povos e culturas ainda continuam a ter na nossa dieta alimentar diária.

Conserva de cenouras

Pelar as cenouras e cortar em rodelas não muito finas. Colocar a cozer num tacho com água e sal. Retirar do lume quando as cenouras ainda estão firmes. Escorrer bem a água e temperar de seguida com alho laminado, cominhos em pó, azeite e vinagre. Tapar o tacho, agitar para que os temperos se distribuam de forma uniforme, e deixar arrefecer. Servir a salada fria como acompanhamento.

Batatas com coentros e açafrão

Descascar e cortar 0,5 Kg de batatas aos cubos. Num tacho colocar óleo de milho e, quando bem quente, deitar 1 colher de chá de sementes de mostarda e 1 colher de chá de sementes de cominhos. Logo que comecem a estalar deitar 1 cebola grande picada, as batatas escorridas, 1/2 colher de chá de pó de açafrão-das-índias e um pouco de água.
Tapar o tacho e deixar cozer. De vez em quando sacudir o recipiente. Quando as batatas estiverem quase cozidas adicionar 1/2 ramo de coentros picados. Nota: é preciso ter cuidado com a quantidade de água para que no final as batatas não fiquem com molho, mas apenas húmidas. Podem comer-se quentes ou frias.

domingo, fevereiro 18, 2007

Quadrados de castanhas, com erva-doce e canela

Deveria talvez designar estes quadrados por Brownies de castanhas, mas prefiro fazer uso de uma terminologia mais conservadora. À partida, não existia nenhuma receita para seguir, mas tinha presente os aromas e sabores que costumam ligar bem com o puré de castanhas. Foi esse o caminho que segui! Fui juntando os diversos ingredientes e ao mesmo tempo provando o creme para tentar perceber o que lhe estava a faltar. Por outro lado, como o meu objectivo era fazer um bolo que fosse cozido em tabuleiro e depois cortado aos quadrados, procurei não me exceder na gordura, nem nos líquidos, para que no final tivesse um creme mais ou menos consistente.

Quadrados de castanhas, com erva-doce e canela

600 g de castanhas congeladas (sem pele); 100 g de amêndoas raladas (sem pele); 1 chávena de chá de leite gordo; 2/3 de chávena de azeite com baixo grau de acidez; 1 chávena de chá de açúcar amarelo; 4 ovos; 1 colher de sopa de erva-doce moída; 1 colher de sopa de canela; 2 colheres de sopa de cacau amargo; 1 colher de chá de essência de baunilha.

Comecei por cozer cerca de 600 g de castanhas congeladas (sem pele). Como ainda não comprei um passe-vite optei por as reduzir a puré, com a ajuda da 123. À partida, esta não seria a melhor solução, mas acontece que acabou por funcionar bem exactamente pelos bocadinhos de castanha inteira que no final permaneceram, os quais acabaram por ser uma mais valia em termos visuais e de textura.


Juntei depois ao puré de castanhas os restantes ingredientes, deixando para o fim a adição das claras em castelo. Coloquei num tabuleiro, forrado com papel vegetal (para bolos), e levei ao forno cerca de 15 a 20 minutos. Desenformei e deixei arrefecer. Posteriormente, cortei o bolo aos quadrados e com a ajuda de um passador de rede polvilhei metade do bolo com icing-sugar e a outra metade com cacau em pó. Depois, foi só ensaiar as várias combinações possíveis! Já me estava a esquecer de dizer que ficaram muito bons ...

Chocolate, chocolate, chocolate ...

Não há nada melhor que uma fatia de bolo de chocolate e um bom chá! Como sou grande apreciador de chocolate preto prefiro os bolos com pouco açúcar, nada de farinha, mas com muito chocolate. É exactamente por isso que esta é minha receita favorita.

Bolo de chocolate
150 g de chocolate Valor para uso culinário; 100 g de manteiga; 100 g de açúcar; 100 g de amêndoa ralada (sem pele); 4 ovos; 2 colheres de café de fermento em pó.
Cobertura: 100 g de chocolate; 1/2 copo de natas; 50 g de manteiga.
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Juntar o chocolate derretido em banho-maria com a manteiga, a amêndoa e o fermento. Por último, adicionar as claras batidas em castelo. Colocar numa forma untada e polvilhada de farinha e levar ao forno, a uma temperatura média, durante 20 a 30 minutos.
Depois de pronto o bolo prepara-se a cobertura do seguinte modo: aquecer as natas até que comecem a ferver. Retirar do lume e juntar o chocolate, partido aos bocadinhos, e a manteiga. Bater até obter um creme homogéneo. Cobrir o bolo e deixar no frigorífico até o creme ficar mais consistente.

Para acompanhar este delicioso bolo escolhi um chá verde, Fleur de Geisha (Le Palais des Thés), e um livro cujo tema central são doces feitos à base de chocolate e café.

domingo, fevereiro 11, 2007

Fiambre em caixa de massa II


Esta receita é uma repetição do fiambre em caixa de massa que fiz na altura do Natal. Só que desta vez resolvi alterar a decoração e esqueci-me de colocar a chaminé, logo não tive como deitar o Vinho do Porto para dentro da massa quando o fiambre saiu do forno. De qualquer forma o fiambre estufou durante quase 1 hora em Vinho do Porto, o que o deixou com um magnífico sabor.

Massa filo enrolada, com recheio de maçã


Já há tempo que pensava fazer umas experiências com massa filo. Mas, como todas as receitas esta também resultou de uma série de leituras em livros e revistas de cozinha, que se acabaram por fundir para dar origem a esta sobremesa muito light, devido ao pouquíssimo açúcar que coloquei no recheio de maçã.
Massa filo enrolada com recheio de maçã
Comecei por fazer o recheio a partir de 5 maçãs reineta, que pelei e cortei aos bocadinhos. Coloquei-as num tacho com muito pouca água, raspa de limão, canela e 2 colheres de sopa de açúcar mascavado. Deixei ferver 10 a 15 minutos. Depois retirei do lume e deixei arrefecer.
À parte, untei uma tarteira com margarina. Com um pincel untei também, uma a uma, as folhas de massa filo com margarina derretida e recheei-as com o 'doce' de maçã. Enrolei com cuidado, para não rebentar, cada base de massa e fui preenchendo a forma de tarde a partir do centro para a periferia. Levei ao forno a 200º C durante 10 minutos com uma folha de alumínio por cima. Depois retirei a folha de alumínio e deixei a massa alourar durante 10 a 15 minutos. À saída do forno polvilhei com açúcar em pó e canela.

Pão de cebola


Este sábado, enquanto esperava por um fiambre em caixa de massa que estava no forno a assar, encontrei no livro da Maria de Lourdes Modesto, As Receitas Escolhidas, um Pão de Cebola relativamente fácil de preparar cuja receita resolvi experimentar. Apesar do resultado final ter sido um pão com sabor bastante agradável, penso que o facto de se utilizar cebola de cebola em pacote o vai deixar sempre um pouco salgado. Para a próxima vou utilizar a mesma massa e modo de preparação, mas alterar o recheio. Talvez utilize para o efeito uma pasta de azeitonas pretas com ervas da Provença.

Pão de cebola

350 g de farinha; 1 colher de café de sal; 1 colher de sopa de levedura instantânea (Fermipan); 2,5 dl de leite; 2 colheres de sopa de azeite; 1 pacote de sopa de cebola; 1 gema.

Misturar a farinha, o sal e o fermento. Adicionar o leite morno e o azeite. Amassar bem e colocar a massa num saco de plástico fechado. Deixar levedar em cima de uma tábua de madeira até a massa dobrar de volume. Estender a massa com as mãos, dando-lhe a forma de rectângulo. Espalhar por cima a sopa de cebola. Enrolar a massa e colocar numa forma de bolo inglês bem untada com margarina. Deixar levedar mais 15 minutos. Pincelar com uma gema diluída num pouco de água e levar ao forno quente (250 ºC) 20 a 30 minutos.

sábado, fevereiro 03, 2007

Pão de fiambre


Já há muito tempo que penso preparar este Pão de Fiambre. Há uns bons anos atrás, quando não existia pão de forma fatiado e sem côdea, e, o queijo também tinha de ser cortado em casa, posso-vos garantir que a realização desta receita implicava uma certa mão-de-obra. Hoje, não! Está tudo pronto a utilizar!

Pão de Fiambre

250 g fiambre em fatias; 1 pão de forma sem côdea; 200 g de queijo flamengo açoriano (Terra Nostra ou Pastor); 4 ovos; 3 dl de leite; sal q.b..

Prepara-se uma forma de bolo inglês, untando-a e forrando-a de papel vegetal que, por sua vez, também se unta de margarina caso não seja já papel especial para ser utilizado em cozinha. Forra-se a forma com as fatias de fiambre. Começa-se pelo fundo, onde se colocam fatias atravessadas e ligeiramente sobrepostas. Posteriormente, colocam-se as outras fatias, dos dois lados da forma e nas extremidades. Deve sobrar um pouco para no final virar e 'fechar' o pão.

Corta-se o pão à medida da forma e untam-se as fatias com manteiga. Coloca-se uma camada de fatias de pão, depois uma camada de fatias de queijo cortadas aos bocados para deste modo facilitar que os ovos e o leite penetrem todo o pão. Preenche-se a forma com camadas sucessivas de pão e queijo, devendo a última camada ser de pão. Batem-se os ovos inteiros com o sal e o leite, deitando depois, a pouco e pouco, esta mistura sobre o pão. Fecha-se o pão, sobrepondo as partes das fatias de fiambre sobrantes e leva-se ao forno cerca de 40 minutos. Pode ser necessário colocar um folha de alumínio por cima, para evitar que o fiambre fique muito seco. Antes de retirar deve espetar-se com um palito de madeira para verificar se o pão está 'seco'.

Deve deixar-se arrefecer um pouco antes de desenformar. Pode ser necessário retirar, com a ajuda de uma faca, bocadinhos de ovo coalhado que tenham ficado agarrados ao fiambre. Este pão tanto é agradável frio como morno.