Quando o ano passado estive em Praga serviram-me ao pequeno almoço, no hotel em que fiquei instalada, umas tartes muito agradáveis feitas com massa levedada e um recheio, que depois descobri ser elaborado à base de sementes de papoila. A chegada à sala das refeições dos pratos, onde se empilhavam as referidas tartes, era seguida de imediato da movimentação dos hóspedes em direcção a eles, esgotando-se as tartes rapidamente. Depois de comprar um livro de cozinha checo apercebi-me que esta receita faz parte da pastelaria tradicional da República Checa, podendo ser recheadas também com creme de queijo branco, doce de ameixa, etc. e que para além disso existíam ainda outras variantes em termos de tamanho e decoração.
Tartes checas
Massa: 400 g de farinha, 30 g de fermento de padeiro; 40 g de icing-sugar; 250 ml de leite; 1 pitada de sal; 60 g de manteiga derretida; 2 gemas. Nota - tenho feito apenas metade da receita, usando como fermento o Fermipam; quanto a mim o leite indicado é excessivo.
Recheio: 100 g de sementes de papoila; 1 dl de leite quente; 2 colheres de sopa de manteiga derretida; 2 colheres de sopa de icing-sugar; 1 colher de café de canela; uma pitada de cravinho moído; 1 colher de café de rum. Nota - pessoalmente prefiro reduzir o leite e substituir o rum por Vinho do Porto, aumentando a quantidade deste.
Depois da massa estar lêveda forma-se com ela umas bolas pequenas que depois se espalmam e recheiam com o preparado anterior. Estas tartes devem ir ao forno num tabuleiro untado de óleo até que fiquem ligeiramente douradas.