quarta-feira, dezembro 27, 2006

Tarte de requeijão


Esta tarte de requeijão é deliciosa.

Tarte de requeijão

Massa: 250 g de farinha, 125 g de margarina, 5 colheres de sopa de água, sal q.b..

Recheio: 400 g de requeijão de ovelha, 200 g de açúcar, 4 ovos, 3 colheres de sopa de natas, 1 mão cheia de miolo de amêndoa, 1 mão cheia de corintos, 1 colher de chá de canela em pó, raspa da casca de 1 limão.

Junta-se o requeijão às natas e mexe-se até ficar uma mistura fofa e homogénea. Adiciona-se o açúcar com a canela. Em seguida, juntam-se o miolo de amêndoa pelado e ralado e os corintos que devem ter estado de molho em Vinho do Porto. Mistura-se tudo bem e adiciona-se o vidrado de limão e as gemas. Por último, juntam-se as claras em castelo, envolvendo-as com cuidado na restante massa. Coloca-se esta mistura na tarteira que já deve estar forrada com a massa e leva-se ao forno cerca de 25 minutos.

Bola de leitão assado


Esta bola de leitão foi o contributo do meu pai para o almoço de dia de Natal, que a baptizou desta vez por 'Bola das Três Beiras'. A receita da massa já anteriormente foi aqui referida quando apresentei uma bola de bacalhau.

Bola de leitão assado
Massa: 500 g de farinha, 5 ovos, 1 chávena de azeite, 50 g de fermento de padeiro, sal.

Desfaz-se o fermento com um pouco de água morna e uma colher de chá de sal, amassando com 100 g de farinha que se retiram dos 500 g. Faz-se o fermento como se fosse para pão e deixa-se levedar, agasalhando o recipiente, o que deve levar cerca de 30 minutos. Juntam-se os ovos ao azeite e batem-se ligeiramente. Adicionam-se à mistura anterior, já levedada, juntando a pouco e pouco a restante farinha e amassando como se fosse pão. Tapa-se a massa e deixa-se levedar durante 1 hora, ou até que dobre de volume.

Recheio: 2 colheres de sopa de margarina, 1 cebola grande, 1 molho de salsa, leitão assado q.b..

Parte-se a carne aos bocados, tirando-lhe todos os ossos. Faz-se um refogado com a cebola picada e quando esta está loura acrescenta-se a salsa também picada. Junta-se a carne e deixa-se um pouco ao lume a tomar gosto. Unta-se um pirex de ir à mesa e ao forno com margarina. Espalha-se na base metade da massa e sobre esta coloca-se o recheio. Por último coloca-se a restante massa e pincela-se com gema de ovo. Vai ao forno cerca de 35 a 40 minutos.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Trouxinhas de peixe e camarão


Como o ano passado tinha feito um souflé de bacalhau este ano resolvi preparar um prato diferente para a noite de Natal, mas tendo sempre como precupação que fosse algo muito ligeiro. Assim surgiram estas trouxinhas!

Trouxinhas de peixe e camarão

Comecei por cozer de véspera 0,5 kg de camarão e à parte duas boas postas de pescada. Deixei arrefecer antes de os preparar, tirando as cascas aos primeiros e limpando de peles e espinhas as segundas. Fiz um molho bechemel, substituindo parte do leite pela água de cozer os camarões, juntando-lhe depois os camarões cortados aos bocadinhos e o peixe às lascas. No dia seguinte, pouco antes do jantar, pincelei 3 folhas de massa filo com manteiga derretida, por cada dose individual. Revesti com elas tacinhas de pirex e no centro coloquei 2 colheres de recheio que tinha previamente aquecido. Apertei a massa ligeiramente e levei ao forno previamente aquecido durante alguns minutos, apenas o suficiente para a massa alourar e ficar estaladiça. Retirei-as das taças e servi com uma salada.

Os perus da marca Sadia


Há alguns anos atrás, durante um período em que vivi no Brasil, descobri uma marca de carnes e fiambres muito boa: a Sadia. Os perus desta marca que se compravam no Natal tinham a particularidade de virem com um mecanismo que disparava quando o peru estava cozido, para além de virem extremamente bem preparados e serem muito gostosos. Depois de muitos anos sem ter acesso a um destes bichos, este ano surpreendentemente os meus pais encontraram-nos à venda no Makro, e desta vez com origem alemã. A receita que segui para a sua preparação foi-me dada por uma amiga que também viveu no Brasil e que os costumava preparar no Natal e Ano Novo.
Tive apenas um pequeno problema, não me apercebi a tempo que o termómetro instalado utilizada um mecanismo diferente daqueles a que estava habituada, tendo por isso ficado à espera que ele disparasse o que não aconteceu e deu origem, por sua vez, a um certo bronzeamento das pernas do peru.

Peru assado à moda da Nelly


Depois de descongelado coloquei o peru numa assadeira. Fiz um recheio com carne de vitela, carne de porco, castanhas cozidas, bacon aos bocadinhos, maçã reineta cortada aos bocados, banha, ervas, noz moscada, sal e pimenta, tudo misturado até formar uma pasta bem temperada com a qual enchi o peito do animal, cozendo de seguida abertura para que o recheio não saísse durante a cozedura e também para ficar mais apresentável. Depois untei o peru com manteiga e tapei-o com fatias de bacon finihas, levando-o de seguida ao forno (180ºC) durante 1 h e 30 m. Passado esse tempo retirei o bacon e deixei o peru alourar durante mais 1 hora, pincelando-o frequentemente com a calda de uma lata de pêssegos a que juntei um pouco de sal e a que fui adicionando também a gordura do bacon que tinha ficado na assadeira.

Empanadilhas


Para mim os repastos de Natal não têm obrigatoriamente que incluir bacalhau ou peru assado, mas em contrapartida as empanadilhas não podem estar ausentes. É uma tradição familiar, com origens algarvias, que mantemos ano após ano. As que vou apresentar foram feitas pela minha tia, sendo que a minha contribuição se reduziu ao processo de fritura, que também tem a sua técnica, e a passá-las por açúcar com canela. Para nós este é inquestionavelmente o melhor que se pode comer nesta época.

Empanadilhas
Recheio: 750 g de polme de batata doce, 250 g de açúcar, raspa da da casca de 2 limões, 5 colheres de chá de canela em pó.

Mistura-se o polme da batata doce com o açúcar, a canela e a raspa de limão. Rectificam-se os temperos em função do gosto de cada um. Nota: o recheio deve ser feito de véspera, não esquecendo que para se obter 750 g de polme se deve cozer 1 kg de batata doce.

Massa: 1 kg de farinha de trigo, 1 cálice grande de aguardente, sumo de 3 laranjas, 200 g de banha, sal e água.


Peneira-se a farinha para um alguidar, faz-se uma cova ao centro e deita-se a banha derretida, fria ou morna, o sumo das laranjas e a aguardente. Misturam-se estes ingredientes. Amassa-se muito bem com a ajuda de água morna temperada de sal. Sova-se a massa de modo a esta ficar macia e fina e começar a fazer bolhas. Rectifica-se o sal antes de terminar de amassar. Tapa-se com um pano e deixa-se descansar 15 m antes de tender as empanadilhas. Nota: começa a amassar-se com 0,5 kg e só depois, de forma gradual, se vai juntando a restante farinha.

Sobre uma pedra de cozinha estendem-se bocados de massa, tendo o cuidado de a deixar muito fina. Coloca-se um bocadinho do recheio sobre a massa e corta-se a empanadilha em forma de meia lua com a ajuda de uma carretilha. Fritam-se em óleo quente, deitando por cima colheres do referido óleo para que elas levantem. Ainda mornas passam-se por uma mistura de açúcar e canela.

Espetadinhas de camarão com maçã


Depois de muito 'pensar' sobre o que fazer de entrada para o almoço de Natal, mas ao mesmo tempo estando a minha imaginação limitada pelos ingredientes que tinha em casa, acabei por, à última hora, 'inventar' esta receita.

Espetadinhas de camarão com maçã

Em espetos de madeira, enfiei alternadamente camarão cozido descascado e peadaços de maçã reineta. À parte fiz um molho bechamel a que incorporei os sucos que obtive das cabeças e restantes cascas dos camarões depois de espremidos num pano. Deitei colheradas deste molho sobre as espetadas, polvilhei com queijo ralado e levei ao forno a alourarem. Acompanhei com salmão fumado e ovas de peixe.

Fiambre em caixa de massa


Esta receita de fiambre foi recolhida do livro Receitas Escolhidas , da Maria de Lourdes Modesto. Em termos visuais, ela resulta num prato com boa apresentação, que ao tempo é fácil preparar e gostoso.

Fiambre com Vinho do Porto em caixa de massa

1 fiambre de 1kg; 250 g de farinha; 3 gemas; 80 g de manteiga; 2 colheres de sopa de azeite; sal; 1 dl de água; 2 dl de Vinho do Porto mais 2 colheres de sopa.

Comecei por colocar o fiambre de molho durante 1 hora. Depois escorri-o e introduzi-o num tacho que a seguir enchi com água fria. Levei-o ao lume até levantar fervura. Voltei a retirar o fiambre, escorrê-lo e secá-lo. Num tacho limpo, deitei 2 dl de Vinho do Porto e o fiambre, deixando-o estufar muito lentamente. Virei-o regularmente para ele ir ganhando cor de forma homogénea. Esta operação durou cerca de 30 m. Deixei arrefecer o fiambre antes de o retirar do tacho e secar.

À parte preparei a massa com a farinha, manteiga, azeite, gemas de ovos, sal e água, esta última na quantidade suficiente para obter a consistência adequada. Deixei a massa descansar 2 horas. Passado esse tempo estendi-a e enrolei com ela o fiambre, tendo o cuidado de fazer um pequeno orifício na parte superior onde depois coloquei uma chaminé de cartão. Como a época é natalícia decorei o fiambre com pequenas estrelas de massa. Depois de terminada esta decoração pincelei-o com gema de ovo batida e levei-o ao forno (180ºC) durante 1 hora. À saída do forno deitei as 2 colheres de sopa de Vinho do Porto pelo orifício e tapei-o de seguida com uma estrela de massa que preparei à parte para este efeito.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Copos de fruta



Hoje, depois de um dia de excessos alimentares, estou sem coragem para descrever o que preparei para estas festas, por isso registo apenas aqui os inofensivos copos de frutas que fizeram parte do almoço de dia de Natal. Amanhã dedicarei a minha atenção às outras iguarias.

sábado, dezembro 23, 2006

Broas de espécie


Estas broas dão um bocadinho de trabalho a preparar, mas o resultado vale bem a pena!

Broas de espécie

250 g de açúcar; 125 g de coco ralado; 5 gemas de ovos; 500 g de puré de batata doce; 125 g de amêndoa sem pele, moída; raspa da casca de 2 laranjas.

Põe-se o açúcar ao fogo com um pouco de água até atingir um ponto não muito forte. Deita-se nele o polme da batata doce, o coco, a amêndoa ralada, mexendo sempre até se obter uma massa grossa e consistente. Por fim, deitam-se as gemas e volta ao lume para as cozer. Deixa-se a massa descansar de um dia para o outro.
Tendem-se as broas com as mãos e colocam-se num tabuleiro polvilhado de farinha. Pincelam-se com gema de ovo e levam-se ao forno.

Orangettes

 
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Na última sexta-feira, comprei na pastelaria Cistér, em Lisboa, umas laranjas semi-cristalizadas, envolvidas em chocolate. Elas tiveram um enorme sucesso cá em casa, de tal forma que as ditas laranjas, que eu tinha comprado a pensar na consoada, já desapareceram todas, devoradas por bocas gulosas. Por isso, resolvi experimentar uma receita que encontrei numa revista francesa. Daí o nome orangettes.

Orangettes
2 laranjas grandes; 150 g de chocolate preto; 200 g de açúcar

Depois de lavar bem as laranjas e de lhes cortar as extremidades fiz quatro incisões suficientemente profundas para me permitirem tirar-lhes a casca. Cortei a casca em pequenos palitos que sujeitei a uma fervura de 5 minutos. Escorri as laranjas e deitei fora a água. Num tacho coloquei ao lume o açúcar com 15 cl de água a que posteriormente adicionei as laranjas. Deixei ferver em lume muito suave durante cerca de 1 hora, deitando um pouco mais de água sempre que o ponto do açúcar se tornava muito forte. Passado este tempo apaguei o lume e deixei as laranjas arrefecerem na calda.

À parte derreti em banho-maria 150 g de chocolate preto onde depois mergulhei as laranjas, tendo para isso a ajuda de um garfo de fondue. Procurei que o excesso de chocolate escorresse para os bordos do recipiente para depois depositar as tiras de laranja sobre uma placa de papel de alumínio. Logo que o chocolate solidificou retirei-as do papel e guardei-as.
Nota: o maior problema com que me deparei foi o de conseguir manter constante a temperatura do chocolate, depois de fundido, de tal forma que não se registassem alterações na textura, o que acabou por acontecer com as últimas tiras de laranja.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

BOAS FESTAS

 
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Desejo a todos os que visitam este blogue um Feliz Natal

Bacalhau no forno com brócolos e cenouras


Ainda estou em fase de poupar energia para a véspera e o dia de Natal, em que certamente serão muitas as horas passadas na cozinha. Por isso, hoje fiz uma receita rápida de bacalhau no forno, que se for feita com alguns cuidados resulta bastante bem.

Bacalhau do forno com brócolos e cenouras

Comecei por cozer duas boas postas de bacalhau, a que depois de tirei as peles e as espinhas, deixando-as em lascas. À parte fiz um refogado com azeite, três cebolas às rodelas finas, dois dentes de alho picados e 1 folha de louro. Quando a cebola começou a aloirar juntei-lhe o bacalhau, deixando-o ainda ao lume durante algum tempo para que este ganhasse mais gosto.

Fiz um puré de batata, substituindo a manteiga por azeite e juntando 1 colher de chá de alho em pó aos temperos habituais. Num prato de ir ao forno coloquei uma camada de puré de batata e por cima uma outra de brócolos e cenouras cozidas. Sobre estas coloquei o bacalhau, tapando-o depois com o restante puré de batata. Pincelei com gema de ovo batida e levei ao forno cerca de 25 minutos.

sábado, dezembro 16, 2006

Tarte de peras e iogurte


Hoje, durante umas das minhas habituais deslocações ao Corte Inglês, comprei mais um livro da Maria de Lourdes Modesto e da Graça Castelo Branco, À mesa com o coração, que me pareceu trazer umas receitas interessantes para o dia-a-dia de quem deve ter cuidado com a alimentação. Como o Natal está a chegar é conveniente ir preparando os estômagos com uns docinhos inofensivos, ou quase!Nota: na obra citada a receita é designada por 'delícia de peras e iogurtes'.

Tarte de peras com iogurte

3 ovos; 2 colhesres de sopa de açúcar mascavado; 1 colher de sopa bem cheia de farinha; 1 iogurte magro; 1,5 dl de leite magro; raspa da casca de 1 limão; 3 peras-rocha.

Comecei por bater os ovos inteiros com o açúcar, adicionando depois a farinha, o iogurte, o leite e a raspa da casca de 1 limão. Untei ligeiramente uma tarteira e coloquei na base as peras previamente peladas e laminadas. Deitei por cima o anterior preparado e levei a cozer a 200ºC cerca de 45 minutos.

Sopa de couve-flor e alho francês

Esta receita resultou da necessidade de aproveitar uns legumes que tinha em casa e de alguma falta de tempo para preparar receitas mais complicadas.


Sopa de couve-flor e alho francês

Comecei por preparar dois alhos franceses, cortando-os depois às rodelas finas. Arranjei uma couve-flor média, separando-a em pequenos raminhos. Numa panela coloquei a couve-flor, o alho francês e juntei-lhe 5 rodelas de chouriço de carne sem pele. Temperei com sal. Deixei ferver por 45 minutos ao fim dos quais juntei 3 colheres de sopa de azeite, transformando de seguida a mistura em creme com a ajuda da varinha mágica.

sábado, dezembro 09, 2006

Pãezinhos com chouriço


Este fim de semana tenho estado muito preguiçosa para cozinhar. Mas, há pouco, ao dar uma 'volta' pelos outros blogues alguns já com um aspecto muito natalício, voltei a ter vontade de ir para a minha cozinha, desta vez para fazer uns pequenos pãezinhos de chouriço.

Pãezinhos de chouriço

200 g de farinha com fermento; 200 g de polme de batata cozida; 125 g de margarina; sal q.b; chouriço q.b.

Misturam-se muito bem todos os ingredientes até se obter uma massa uniforme. Tendem-se pequenos pãezinhos que se recheiam com bocadinhos de chouriço. Posteriormente levam-se ao forno em tabuleiro polvilhado de farinha durante aproximadamente 20 minutos.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Empadinhas de robalo e camarão

Com o robalo cozido que sobrou da canja anterior resolvi fazer umas empadas, desta vez experimentando uma receita de massa que encontrei no blogue Ardeu a Padaria.

Comecei por cozer alguns camarões, aproveitando depois a água de cozedura para fazer uma espécie de molho bechamel. Juntei a este molho os pedacinhos de peixe já limpos de pele e espinhas. Deixei arrefecer. Preparei a massa das empadas a partir de 2 chávenas de chá de farinha, 1 chávena de café de azeite, 1 chávena de café de vinho branco e sal qb.Deixei repousar a massa durante 1 hora.
Passado esse tempo forrei as formas com a massa, colocando no fundo um camarão inteiro a que depois adicionei algumas colheres do creme. Tapei com uma placa de massa, untei com gema de ovo e levei ao forno aproximadamente 20 minutos.

Nota - Para a próxima vou retirar as empadas das formas ao fim de 10 a 15 minutos, pincelando a parte branca com gema de ovo batida, antes de as levar de novo ao forno. Penso que deste modo poderei melhorar o seu aspecto. Como a massa fica muito elástica também é necessário adquirir uma certa prática com o processo de 'encerramento' das empadas.

sábado, dezembro 02, 2006

Perna de borrego no forno com crosta de cominhos

Depois de mais uma semana em que fui obrigada a comer em restaurantes, quase todos os dias, é com prazer que regresso à minha cozinha e volto a sentir os aromas que vêm do forno ou dos recipientes onde os alimentos estão a cozinhar. Odores estes que também são parte importante dos prazeres gastronómicos!



Perna de borrego no forno com crosta de cominhos

Comecei por temperar a carne com sal e cominhos em grão. Deixei repousar cerca de 2 horas e depois untei com azeite a parte superior da perna à qual fiz depois aderir cominhos em grão, sementes de mostarda e folhas tomilho. Reguei a peça de carne com azeite, coloquei por cima uns bocadinhos de margarina e levei-a ao forno durante uma hora, regando a carne regularmente com o molho que se foi formando.

Acompanhei o assado com um arroz de alho preparado, à semelhança do assado, num recipiente de barro preto de Bisalhães.

Canja de robalo


Com a chegada do tempo frio apetece cada vez mais comer umas reconfortantes sopinhas. Hoje, aproveitei a deslocação ao mercado para comprar um robalo, o qual esteve depois na base da preparação de uma canja, seguindo neste caso uma receita já muito testada e com origem algarvia.

Canja de robalo

Cozem-se dois robalos pequenos ou um médio em água com sal. À parte, faz-se um refogado com azeite, cebola picada e salsa. Quando o peixe está cozido retira-se da água, deitando esta última esta sobre o refogado. Logo que a mistura retoma a fervura acrescenta-se massinha miúda que se deixa cozer. Quando esta está cozida acrescenta-se 1 gema de ovo batida com sumo de limão.

domingo, novembro 26, 2006

Sopa de espargos verdes com poejos



Nem sempre as experiências que faço correm bem. Foi o caso desta sopa, que apesar dos bons ingredientes e dos esforços envolvidos na sua preparação não se traduziu num produto final muito agradável ao palato. Os espargos silvestres e os poejos comprei-os ontem no mercado de Évora, tendo começado logo a imaginar a bela sopa que dali ía obter, associando estas verduras a umas fatias de pão da Vidigueira e a uns queijinhos de ovelha.

Sopa de espargos verdes com poejos

Comecei por arranjar os espargos e cortá-los em rodelinhas pequenas. De seguida, refoguei uma cebola e 2 alhos picados em azeite. Adicionei os espargos e deixei fritar um pouco, antes de juntar cerca de 1 litro de água e três pés de poejos. Deixei ferver durante 10 minutos, depois de ter temperado com sal. Por fim, adicionei um ovo batido, mexendo sempre para que este ficasse aos fios.

À parte, coloquei nas terrinas individuais três fatias finas de pão, deitando-lhes por cima a sopa. Finalizei colocando em cima fatias de queijo de ovelha e levando ao forno durante cerca de 5 minutos para que este começasse a derreter.

Nota: os críticos gastronómicos que tenho em casa consideraram que a sopa tinha excesso de gordura, mas para mim os grandes culpados foram os poejos!

Biscoitos de avelãs e doce de mirtilhos vermelhos


Estes biscoitos foram uma experiência que resolvi fazer a partir de um frasco de doce de mirtilhos vermelhos que comprei no IKEA. Estão bastante comestíveis, mas a receita necessita ainda de uns melhoramentos.

Biscoitos de avelãs e doce de mirtilhos vermelhos

2 chávenas de chá de farinha com fermento; 1/2 chávena de azeite; 2 ovos; 4 colheres de sopa cheia de doce de mirtilhos; 1/2 chávena de avelãs grosseiramente picadas.

Misturar todos os ingredientes, colocando depois, com a ajuda de uma colher, pequenos montes de creme num tabuleiro polvilhado de farinha. Levar ao forno pré-aquecido cerca de 10 a 15 minutos.

domingo, novembro 19, 2006

Prazeres de domingo II



Esta semana comprei na FNAC um livro de 'petiscos' de inspiração étnica (cozinha do Médio Oriente, do Pacífico e do Sudoeste Asiático) com algumas receitas que me parecem interessantes. O livro está dividido em diversos temas: fritos, sopas, molhos, saladas, espetadas, carne, peixe, legumes, 'embrulhado, atado e enrolado', e por último doces. Seleccionei dos capítulos referentes às espetadas e aos legumes algumas sugestões que penso testar brevemente, embora tencione reduzir muito a quantidade de pimenta e outros picantes a usar.

sábado, novembro 18, 2006

Bolo de chocolate com molho de manga

A base para a preparação desta sobremesa foi uma receita de bolo de chocolate que encontrei no blogue da Mónica, Diário da Cozinha (Setembro), a qual me despertou a atenção por fazer uso do microondas e ter um tempo de cozedura de apenas 5 minutos. Confesso que a experimentei com algum receio, pensando que acabaria com chocolate a escorrer das paredes do microondas. Mas afinal nada disto aconteceu!



Bolo de chocolate

4 ovos; 200 g de açúcar; 100 g de farinha; 150 g de chocolate em barra; 120 g de manteiga.

Comecei por derreter a manteiga e o chocolate no microondas (1 a 2 minutos). De seguida, bati bem a mistura até obter um creme homogéneo que juntei aos outros ingredientes. Coloquei este preparado num pirex redondo de 20 cm de diâmetro e 7 cm de altura, que previamente untei com margarina (não sei se seria necessário!). Levei ao microondas, na potência máxima durante 5 minutos. Posteriormente, desenformei e deixei arrefecer.

À parte triturei a polpa de uma manga madura até obter um creme que coloquei no frigorífico. Polvilhei uma placa de massa folhada fina com açúcar em pó e canela, cortando-a em tiras finas que depois levei ao forno cerca de 10 minutos. No momento de servir, deitei um pouco de molho de manga sobre uma fatia de bolo de chocolate e por cima deste coloquei algumas tiras de massa folhada.

O bacalhau da página 54

Há uns anos atrás, quando os meus pais viviam em Porto Alegre (Brasil), a minha mãe publicou um livro de cozinha com especialidades portuguesas a que chamou 'Portugal em doces e salgados'. Entre as receitas deste livro que mais protagonismo ganharam conta-se a do 'bacalhau à minha moda', que foi depois baptizado pela família por 'bacalhau da página 54'. Na verdade, passados mais de vinte anos, a receita já evoluiu bastante, mas as suas origens permanecem. Para mim, pese embora a opinião altamente suspeita, é a melhor receita de bacalhau no forno que conheço, que apenas comparo ao bacalhau no forno que é servido no restaurante Tia Alice, em Fátima.



Bacalhau da página 54

Cozem-se duas postas de bacalhau grandes, que depois se limpam de peles e espinhas e se deixam em lascas. Cortam-se 3 cebolas grandes em rodelas finas que se fritam em azeite, mas tendo o cuidado que não as deixar alourar. Corta-se 1 kg de batatas em palitos grossos que se fritam, mas também sem deixar escurecer as batatas. Temperam-se de sal e reserva-se. Coze-se 0,5 kg de camarão, reservando a água de cozedura. Depois de frios descascam-se os camarões e deitam-se as cascas e cabeças de novo na água, deixando-as ferver por mais 10 minutos. Passado este tempo passa-se este preparado pelo passe-vite. Faz-se um molho bechamel, usando o liquido que se obteve dos camarões e usando em lugar do leite natas.



Unta-se um tabuleiro de ir ao forno com margarina. Forra-se o fundo com uma camada de batatas fritas. Por cima coloca-se uma camada de bacalhau às lascas e os camarões. De seguida, colocam-se as cebolas fritas, escorridas do azeite, e fatias de queijo flamengo não muito finas (de preferência queijo Pastor). Cobre-se com o molho bechamel e polvilha-se de pão ralado. Vai ao forno 25 a 30 minutos e ao sair polvilha-se com amêndoas falhadas previamente alouradas.

Empadas de frango e cenouras



Já há uns dias que penso fazer umas empadas. Tentei encontrar nos meus livros de cozinha uma receita açoriana de empadas de peixe que me pareceu interessante, mas como não a consegui localizar acabei por fazer umas vulgares empadas de frango com cenouras.

Empadas de frango com cenouras

Comecei por cortar 4 peitos de frango em cubos pequenos. Em seguida, refoguei cebola também picada em azeite onde também coloquei uma folha de louro. Deixei a cebola começar a alourar e juntei-lhe o frango e 2 cenouras em cubos pequenos. Posteriormente, adicionei ao preparado anterior 1 dl de vinho branco e uns quadradinhos de bacon. O frango cozeu neste molho aproximadamente 15 minutos. Por fim, juntei-lhe 1 colher de sobremesa de maizena para que o molho ficasse mais espesso. Rectifiquei os temperos e deixei arrefecer.

Fiz uma massa com 300 g de farinha, 80 g de margarina derretida, 1 ovo e água q.b.. Com esta massa forrei as formas, que tinham sido previamente untadas de margarina. Depois de colocar o recheio tapei com outra rodela de massa, pincelei com gema de ovo e levei ao forno aproximadamente 15 minutos.

sábado, novembro 11, 2006

Dia de S. Martinho


Em tempo de S. Martinho é boa altura para recordar os 10 mandamentos do Abade de Travancos, relativos ao modo como se deve beber o vinho.

O 1º bebe-se inteiro
O 2º até ao fundo
O 3º como o primeiro
O 4º como o segundo
O 5º estando cheio não fica meio
O 6º é para provar
O 7º é para começar
O 8º para não tombar
O 9º para continuar
O 10º para acabar

Ou ainda os 10 mandamentos do Ribatejo que rezam assim:

1º É para provar
2º A repetir a prova
3º É já para começar
4º Um bem que se renova
5º Até nos faz cantar
6º Alegra mais a gente
7º Às vezes faz sonhar
8º Do fraco faz valente
9º Leva quase ao Paraíso
10º Faz perder às vezes o juízo

sexta-feira, novembro 10, 2006

'Caldeirada' de lulas e cação


Tenho um certo pudor em designar este preparado por 'caldeirada'. Se fosse espanhola talvez não tivésse tantos problemas em chamar-lhe 'caldereta', aliás termo que o meu pai adora usar para designar as suas experiências culinárias.

Caldeirada de lulas e cação

Comecei por fazer um refogado com 1 cebola grande a que juntei umas cebolinhas frescas partidas aos quartos. Quando as cebolas começaram a alourar adicionei 50 g de bacon cortado em lâminas finas, dois tomates também cortados em lâminas, 1/2 pimento vermelho aos bocadinhos, 1 cenoura grande cortada às rodelas, 1 folha de louro, 1 colher de chá de açafrão-das-Indias e sal. Deixei cozer um pouco e depois juntei-lhe 2,5 dl de vinho branco. De seguida, adicionei as lulas cortadas em bocados grandes e batatas novas pequeninas. Deixei cozer 10 minutos andes de juntar o cação previamente temperado com sal. Mais 8 minutos de cozedura e juntei-lhe uns camarões já cozidos, que apenas deixei ao lume o tempo suficiente para igualarem a temperatura do restante preparado. Isto é, aproximadamente 2 a 3 minutos.

Tarte de abóbora


Finalmente resolvi participar na iniciativa do Hemc5, que desta vez tem por tema a abóbora, com uma receita inventada por mim, embora esta questão da originalidade seja sempre relativa.


Tarte de Abóbora

Comecei por cozer 1 chávena de arroz em bastante água, a que juntei 2 cravinhos e 2 cascas de limão. Depois de cozido deixei a escorrer num passador. À parte, fiz uma calda fraca com 1 chávena de chá de açúcar amarelo e um pouco de água a que juntei cerca de 750 g de abóbora cortado aos bocados e um pau de canela. Deixei a abóbora cozer e que ao mesmo tempo a água se fosse reduzindo. Retirei o pau de canela e triturei o preparado com a varinha mágica. De seguida, juntei-lhe uma colher de chá de canela em pó, raspa de limão e 1/2 colher de chá de essência de baunilha.
Adicionei a abóbora ao arroz, acrescentando depois duas gemas de ovos. Por último, misturei as duas claras em castelo. Coloquei o creme numa tarteira previamente forrada de massa (250 g de farinha, 125 g de margarina, 5 colheres de sopa de água, sal) e levei ao forno cerca de 45 minutos.

domingo, novembro 05, 2006

Almofadinhas de camarão com queijo feta

A minha mãe tinha por hábito fazer a massa folhada em casa, quando ainda não existiam as possibilidades que hoje temos de ir a um supermercado e trazer um pacote de massa já preparada e congelada. Lembro-me mesmo que existia uma margarida especial para fazer folhados. Mas as actuais facilidades, em termos de consumo, nem sempre foram acompanhadas de uma melhoria na qualidade. A maior parte das marcas, talvez pelo tipo de de gordura que utilizam, não permitem obter uma massa folhada de sabor agradável e consistência estaladiça. Nesta receita fiz uso de uns quadradinhos da marca Bimbo, que têm a vantagem de já estarem estendidos e cortados, facilitando muito a rápida preparação de uma refeição, mas cuja qualidade também não se pode considerar excepcional.

Comecei por fazer um refogado com azeite e cebolinhas frescas, finamente picadas, a que juntei depois alguns camarões descascados, cebolinho picado e quadradinhos de queijo feta. Deixei apurar um pouco e depois de frio recheei os quadros de massa dando-lhes o formato final de trouxas. Foram ao forno previamente aquecido durante 15 minutos.

Bolo de Laranja



O que distingue esta receita de bolo de laranja de outras é que nela se faz um uso integral deste tipo de fruta. Isto é, apenas se retiram os caroços e alguns filamentos que a laranja possa ter, aproveitando-se o restante. Como resultado obtém-se um bolo húmido, com um intenso sabor a laranja.

Bolo de Laranja

3 ovos; 1 copo de açúcar; 1 copo de óleo de milho; 1 laranja grande inteira sem caroços nem filamentos brancos e com a casca cortada aos bocados.

Bate-se tudo num copo misturador até obter um creme. Posteriormente passa-se este creme para um outro recipiente e junta-se-lhe:

2 copos de farinha; 1 colher de sopa de fermento.

Vai ao forno em forma de buraco ao meio (eu fiz numa forma de bolo inglês) untada e polvilhada de açúcar, durante 30 minutos, tendo o cuidado de não abrir a porta do forno durante a cozedura.
Nota: para evitar riscos ao retirar o bolo da forma forrei-a com papel vegetal que também untei e polvilhei.

domingo, outubro 29, 2006

Salada de tomate, courgette e queijo fresco



Esta 'receita' foi incluída pelo meu marido numa categoria de pratos que ele designou por 'beleza e simplicidade'. Na verdade, é uma vulgar salada que apenas por ser servida de forma menos convencional acaba por ser agradável à vista. Neste caso fiz uso de tomate aos cubos (sem pele nem grainhas), courgettes picadas (sem pele), queijo fresco aos cubos, azeitonas pretas picadas. Comecei por colocar na base de um copo de vidro uma camada de tomate que polvilhei com um pouco de Sicilian Blend da Oil and Vinegar. Repeti esta operação com as camadas de courgette e de queijo fresco. Por fim, distribuí as azeitonas e coloquei por cima uns pinhões. No momento de servir deitei em cada copo um pouco de azeite.

Bola de bacalhau

Sou uma grande apreciadora das bolas que se fazem no norte do país, particularmente das bolas de bacalhau.



Bola de bacalhau

Cozer duas postas de bacalhau a que depois de frio se retiram pele e espinhas, deixando-as em lascas. Fazer um refogado com azeite e bastante cebola a que se junta uma folha de louro. Quando a cebola já está cozida acrescenta-se o bacalhau e deixa-se cozer mais uns minutos, mexendo sempre. Retirar do lume e deixar arrefecer.

Para a massa desfazer fermento de padeiro (30 a 50 g) em água morna e juntar-lhe um pouco de farinha. Deixar levedar durante 30 minutos num recipiente tapado. Posteriormente adicionar-lhe 5 ovos ligeiramente batidos com uma chávena de bom azeite a que também se adicionou o sal refinado, alternando com a adição de cerca de 500 g de farinha de trigo. A massa deve ficar com uma consistência que a permita amassar como se fosse pão. Depois de bem amassada, tapa-se bem e deixa-se levedar novamente durante 1 hora. Deve dobrar o volume.

Forra-se a base de um tabuleiro de ir ao forno com metade da massa e por cima coloca-se o recheio. Por fim, tapa-se com a restante massa, tendo o cuidado de a ajustar às paredes do tabuleiro para que ao cozer não encolha. Pincela-se com gema de ovo e vai ao forno cerca de 30 a 40 minutos.

Nota: a minha mãe, que é uma especialista na preparação destes folares, costuma usar a mesma massa, mas com recheios de carne (pato, frango, peru, coelho e principalmente com leitão assado). Neste caso, a carne é partida aos bocados, retirando-lhe todos os ossos. Faz-se um refogado com cebola picada a que posteriormente se acrescenta salsa também picada. Junta-se a carne e deixa-se tomar gosto durante alguns monutos.

Carré de borrego com pêras


Mais uma vez vão ser as pêras rocha as personagens centrais desta encenação/assado. A mistura da carne de borrego com as pêras, associada ao sabor dos cominhos e da mostarda em grão com que temperei ambos os ingredientes, também ficou realçada pela utilização de uma assadeira produto da olaria negra de Bisalhães (Vila Real). Aliás, gosto bastante de cozinhar neste tipo de recipientes, tanto assados como receitas à base de arroz.

Carré de borrego com pêras

Comecei por pedir no talho que me preparassem um carré de borrego, sem contudo ter grande preocupação em dar-lhe um formato de coroa. Apenas o enrolei, colocando-o no centro da assadeira de barro preto e dispondo à sua volta quartos de cebola e de pêras rocha (com pés e pele, apenas lavadas e cortadas). Temperei tudo com sal, cominhos e mostarda em grão. Coloquei também uns raminhos de rosmaninho fresco e uns bocadinhos de margarina apenas em cima da carne. Por fim, reguei com azeite e juntei um pouco de caldo de aves. Levei ao forno aproximadamente 50 minutos.

Carne de porco à florentina


A Cristina do blogue Ovo Estrelado publicou há pouco tempo uma receita de 'carne de porco à florentina', que ontem resolvi experimentar, introduzindo pequenas alterações que foram apenas resultado, por um lado da falta de alguns ingredientes e por outro da necessidade de gastar determinados restos.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Rolo de carne revestido a sementes de sésamo e papoila

Depois de uma semana perfeitamente desastrosa, em termos alimentares, consegui regressar hoje à minha cozinha. Mas como o tempo não foi muito resolvi fazer apenas pequenas improvisações, tomando como ponto de partida uma receita super rápida de rolo de carne que faço com frequência.



Rolo de carne revestido a sementes de sésamo e papoila

1 kg de carne de porco picada juntamente com 1 chouriço de carne pequeno; 1 pacote de sopa de cebola.

Juntar a sopa de cebola à carne, misturando bem. Formar um rolo que se envolve com sementes de sésamo e papoila, procurando alternar as manchas mais claras resultantes das primeiras com manchas mais escuras das sementes de papoila. Num dos lados do tabuleiro de ir ao forno colocar rodelas grossas de cenouras temperadas apenas com azeite e cominhos. Do outro lado colocar beringelas, peladas e cortadas aos cubos, temperadas com azeite e oregaõs. Colocar por cima da carne uns bocadinhos de margarina e um pouco de azeite. Levar ao forno durante aproximadamente uma hora.

domingo, outubro 22, 2006

Caboledo -restaurantes

Por brincadeira, há algum tempo atrás, nomeei a minha amiga Glória repórter oficial deste blogue. Hoje recebi com muito gosto a sua primeira crónica, escrita numa forma que lhe é bastante característica, onde retrata um almoço de choco grelhado em Caboledo, num restaurante sem nome à beira da praia, situado a 100 km de Luanda logo depois da Barra do Kuanza.


'Então ... depois de um bom pedaço a olhar para o cinzento do céu ... mais uma hora dentro de água quentinha ... tivemos fome. E fomos fazer o pedido ao restaurante (...) E o senhor, bem simpático disse: Vou-ti apanhari o peixi.' E a partir desse momento colocou-se em movimento toda uma comunidade de pescadores que num espírito de entre-ajuda lançaram o seu barco água para ir apanhar o dito peixi. Embora entre o pedido e o almoço tivessem havido 3 horas de intervalo, penso que neste caso valeu bastante a pena não só pela excelência do produto comestível como principalmente pela riqueza de vivências que proporcionou.

Bolo de pêra rocha

Esta receita é uma adaptação de uma outra que encontrei no último número da revista Cuisine et Vins de France. Como estamos na época em que as pêras se apresentam na sua máxima qualidade há que tirar proveito desse facto.


Bolo de pera rocha

3 pêras rocha, grandes; 150 g de farinha; 150 g de açúcar; 5 ovos; 50 g de manteiga; 50 g de corintos; 2 colheres de sopa de 'eau-de-vie de poire'; sal.

Colocar os corintos de molho numa mistura de água quente e 'eau-de-vie de poire'. Pelar as pêras, retirar-lhes o interior e cortá-las em cubos. Passar os bocados de pera por manteiga derretida até que ganhem uma ligeira cor dourada. Retirar e colocar a escorrer num passador.

À parte bater as gemas de ovos com o açúcar até obter um preparado esbranquiçado. Depois incorporar, de forma gradual, a farinha. Juntar as 2 colheres de sopa de 'eau-de-vie de poire' e os corintos . Adicionar em seguida as claras batidas em castelo a que se adicionou um pouco de sal na fase final. Envolver delicadamente os vários ingredientes. Colocar numa forma de bolo inglês previamente untada com margarina e polvilhada de farinha. Vai ao forno a uma temperatura de 180ºC durante aproximadamente 50 minutos.